Primeira postagem realmente útil deste blog em muitos séculos, e ainda assim é um post copiado descaradamente de outro blog (mas pelo menos é o blog mais legal em terras lusitanas)
Hora de pegar seu Mercedes com o cisne do capacete do Hyoga no capô, pegar a estrada, acumular os quilômetros, ouvir a bateria chicoteante e analisar este clássico da música sertaneja:
Todo dia do meu quarto
Eu a vejo mais bonita
Se arruma, se pinta
E sai
Mais um dia de sufoco
Eu na rua quase louco
Pensando nela
Eu a vejo mais bonita
Se arruma, se pinta
E sai
Mais um dia de sufoco
Eu na rua quase louco
Pensando nela
O primeiro bloco da música fala de nada menos do que a extremamente comum fantasia que os adolescentes têm por suas vizinhas (apesar do meu irmão me ridicularizar por isso hoje falando que em uma escala de 0 a 10, ela seria no máximo a probabilidade da final da Copa do Mundo deste ano ser entre Itália e Holanda). Mas sinceramente, que mulher nesses dias se arruma com a janela do quarto aberta? Ou mesmo no próprio quarto? A maioria das mulheres que conheço se maquiam no banheiro (até porque a minha família não pode ser considerada um exemplo de finesse).
Na cabeça, a sua imagem
No meu peito, uma vontade
De ser o homem dela
Eu de volta do trabalho
Vou de novo pro meu quarto
Vou te amar da minha janela
No meu peito, uma vontade
De ser o homem dela
Eu de volta do trabalho
Vou de novo pro meu quarto
Vou te amar da minha janela
Agora o stalkeamento tomou outra dimensão (mais escura?). A menos que o cara seja o mestre dos disfarces ou a mulher seja extremamente ingênua/estúpida é claro que ela vai perceber que tem um cara a stalkeando. Mesmo a uns trinta ou cinquenta metros de distância, quando se têm dois quartos de casas diferentes com janelas em posições perpendiculares, a tendência é que em pelo menos 98% do tempo ao menos uma das janelas estará fechada (pelo menos essa é a experiência de vida na minha casa). A menos que ela tenha um nível de miopia como o meu antes de recomeçar a usar óculos.
Ou que até mesmo ela seja do tipo exibicionista.
Solidão
Quando uma luz se apaga
Eu de novo em casa
Morrendo de amor por ela
Solidão
Que minha alma extravasa
Não suporto a vontade
De fazer amor com ela
Quando uma luz se apaga
Eu de novo em casa
Morrendo de amor por ela
Solidão
Que minha alma extravasa
Não suporto a vontade
De fazer amor com ela
Nesta parte qualquer mulher do mundo já teria chamado a polícia ou trancado a janela por toda a eternidade para evitar ter que explicar que TEM UM CARA SE MASTURBANDO ENQUANTO ME STALKEIA.
Cara, Leandro e Leonardo previram os usuários dos chans do mundo (principalmente os Brasileiros) e ninguém nunca percebeu isso! Quem diria que uma música sertaneja iria prever, com trinta anos de antecedência, o cotidiano de um destes seres cujo maior parceiro sexual é ele mesmo?